Velhas glórias do Sporting no 1º aniversário do Núcleo de Sintra

Dia 31, varias serão as figuras do universo leonino que estarão presentes no nosso primeiro aniversário, quer participando no jogo amigável que antecederá o almoço, quer nos festejos que se seguirão.
Revelamos aqui alguns deles, indo libertando mais informação à medida que nos vamos aproximando do grande dia.

KIKAS

Luís Almeida, também conhecido por Kikas, fez toda a sua formação de futebolista no Sporting, onde começou a jogar nos escalões mais baixos, quando ainda era criança. Tornou-se num dos jogadores mais prometedores da Academia Sporting, mostrando-se capaz de desempenhar todas as funções do meio campo, apesar do seu corpo franzino, tornando-se internacional em todos os escalões jovens desde os sub-16 e ajudando o Sporting a ganhar dois Campeonatos Nacionais de Juniores e um de Iniciados.
Na época 2009/10, a sua última como júnior, foi convocado para o jogo da equipa principal em Matosinhos contra o Leixões, mas não chegou a jogar.
Ao ser promovido a sénior foi dispensado, prosseguindo a sua carreira no Real Massamá, onde foi titular indiscutível durante duas temporadas.
Na época de 2012/13 regressou ao Sporting, sendo integrado na Equipa B, um projecto que o Clube retomou nessa altura. Não jogou nos primeiros 5 jogos mas daí para a frente agarrou um lugar no meio campo e passou a ser titular indiscutível, realizando uma excelente temporada, no seu estilo de trabalhador incansável.
As suas boas prestações na Equipa B valeram-lhe a renovação o seu contrato com o Clube até 2018, ficando o mesmo blindado com uma cláusula de rescisão no valor de 45 milhões de Euros, numa altura em que participou na conquista da Taça de Honra da AFL.
Depois de duas épocas como titular indiscutível da Equipa B, em Agosto de 2014 foi emprestado ao Rapid de Bucareste e na época seguinte ao Huelva, mas em Janeiro de 2016 regressou ao Sporting. Terminada a sua ligação aos Leões, passou a representar o Leixões, mas em Janeiro de 2017 foi emprestado ao Real.
MÁRIO JORGE

Mário Jorge foi formado nas escolas do Sporting e realizou um total de 524 jogos com a camisola do Clube, em todos os escalões, ao longo de 17 anos. Vencedor de dois campeonatos nacionais, subiu aos seniores na época 1980/81, mas em 1979/80, ainda como júnior, foi utilizado num jogo com o Estoril. Fez a formação e os primeiros anos como sénior a defesa-esquerdo, mas passou para o meio-campo, também no lado canhoto, a partir da temporada 1986/87, sob o comando de Manuel José. Numa manhã de 1973, Mário Jorge decidiu experimentar a sua sorte num treino dos escalões de formação do Sporting. “Tinha 12 anos e fui, incentivado por um colega meu que já jogava no Sporting. Faltei às aulas, para realizar um treino de captação, no campo pelado em frente à Porta 10-A. Foi o senhor Aurélio Pereira quem me fez os testes e as coisas correram-me bastante bem e logo na altura pediram-me para ficar vinculado ao Sporting”, recorda, embora confessando que na altura não lhe passava pela cabeça enveredar por uma carreira de futebolista profissional. Na formação «leonina», foi orientado por grandes nomes do nosso clube como Aurélio Pereira (iniciados), César Nascimento (juvenis), Cassiano Gouveia e Fernando Mendes (juniores). Quanto à estreia na primeira equipa, recorda-a como se tivesse sido ontem. “Tinha idade de júnior e o professor Rodrigues Dias lançou-me, no dia 12 de Setembro de 1979, no Estoril. Alinhei apenas durante 10 minutos, mas foi o suficiente para ser considerado campeão nacional”, refere. Mário Jorge elege essa temporada de 1981/82 como a mais marcante no Sporting. “Foi fantástico! Ganhámos o campeonato e a Taça de Portugal e até podíamos ter vencido a Taça UEFA, mas fomos eliminados pelo Neuchâtel Xamax na terceira eliminatória, possivelmente porque os desvalorizámos. Empatámos 0-0 em casa e perdemos 1-0 na Suíça. Tínhamos um grupo extraordinário, completamente identificado com o Clube, o presidente e principalmente com o treinador Malcolm Allison”, realça. “Allison era um grande líder e um treinador que dava máxima liberdade, mas também máxima responsabilidade. Foi uma pena não ter continuado mais tempo no Sporting”, diz, lamentando a sua saída, no início da temporada seguinte. O espírito de grupo era fortíssimo. “Juntávamo-nos às segundas-feiras ao almoço, mas nem era preciso essas reuniões para fomentarmos o grande espírito que existia…”, afirma. Mário Jorge foi colega de equipa de muitos jogadores talentosos, mas destaca três: “Oliveira, Manuel Fernandes e Rui Jordão, sem dúvida nenhuma. Também houve outros muito bons, mas estes três eram fantásticos e estavam acima de todos os outros”.

Se Malcolm Allison foi um treinador especial para Mário Jorge, a verdade é que diz que todos o marcaram. “Aprendi um pouco com cada um e todos foram importantes no meu trajecto, embora tenha de dar maior relevo aos técnicos que apanhei na formação, que sempre me transmitiram grandes valores, o que me permitiu ter uma carreira sólida no Sporting”, esclarece. A passagem para o meio-campo, na época 1986/87, sob o comando de Manuel José, permitiu-lhe ganhar outra projecção. “Na defesa era mais um, no meio-campo não. A defender, aproveitei o balanço que trazia como lateral, mas começaram a olhar para mim de maneira diferente, pois viam que tinha algumas qualidades que antes tinham passado despercebidas…Até passei a ser chamado à Selecção Nacional, o que até aí não tinha sucedido”, recorda. Quando se fala no nome de Mário Jorge, os sportinguistas lembram-se imediatamente de dois jogos com os principais rivais. Um em Alvalade, com o FC Porto, que os «leões» ganharam por 1-0, golo por si apontado e que constituiu um passo determinante para a conquista do título de campeão nacional em 1981/82 e, claro, os 7-1 ao Benfica, no qual marquei dois golos”, elege. No primeiro desses jogos, Mário Jorge, então com apenas 20 anos, foi surpreendentemente titular. “Houve uma grande polémica durante a semana com o Jordão, que acabou por ficar de fora do onze. Algumas pessoas ficaram apreensivas ao verem um miúdo tão novo no lugar de um consagrado, mas provou-se que o treinador Malcolm Allison tinha razão. Em determinadas situações, ele colocava-me a jogar no ataque e nesse jogo foi por uma questão táctica, pois o FC Porto tinha um defesa-direito muito ofensivo, o Gabriel, que mais tarde jogou no Sporting. A intenção foi travar as subidas dele”, conta. Mas Mário Jorge diz que a sua melhor exibição “foi em Alvalade, numa vitória por 2-0, com o Auxerre, na Taça UEFA, em 1984/85”. Alguns dias depois, o título do jornal «Sporting» foi «O Furacão dos Açores», isto porque Mário Jorge é natural de Ponta Delgada, tendo vindo viver para Lisboa com 5 anos. De resto, considera que jogar em Alvalade “era especial”, falando num “ambiente verdadeiramente único, que se vivia em poucos estádios da Europa, proporcionado em grande parte pela Juventude Leonina”. Quando a equipa entrava em campo “olhava para trás e via a Superior Sul completamente cheia, o que dava uma grande força para entrar em campo”. A temporada de 1990/91 é também recordada com saudade por esta figura do nosso Clube. “Éramos treinados pelo Marinho Peres e chegámos às meias-finais da Taça UEFA, acabando eliminados pelo Inter Milão, depois de um empate 0-0 em Alvalade, no qual falhámos muitos golos e de uma derrota por 2-0 em Itália, em que também fomos infelizes”, recorda, fazendo ainda referência às “11 vitórias consecutivas nas primeiras jornadas do Campeonato Nacional”. Quanto de fala de presidentes do Sporting, Mário Jorge destaca João Rocha. “Foi um grande presidente do nosso Clube. Tenho apenas uma palavra para o definir: liderança”, elogia. Por outro lado, lembra que João Rocha “modernizou o Sporting e defendeu sempre intransigentemente os interesses do Clube”. O antigo futebolista «leonino» conta um episódio que ilustra a forma como João Rocha vivia o Sporting e era próximo dos jogadores. “Num jogo que realizámos fora de casa com o Neuchâtel Xamax, para a Taça UEFA, elas alagaram o campo de propósito. Não tínhamos pitons próprios para aquele terreno e foi o presidente João Rocha quem foi comprar os pitons. E depois, ele próprio os colocou nas botas”, recorda.
JOÃO OLIVEIRA PINTO

Produto das escolas de formação do Sporting, João Oliveira Pinto foi um dos mais prometedores futebolistas da sua geração, tendo chegado às selecções jovens numa fase em que Carlos Queirós revolucionou o futebol português nessa área.
Fez parte da Selecção Nacional que ganhou o Campeonato do Mundo de Sub-20, que em 1991 se realizou em Portugal, tendo participado em 3 jogos dessa brilhante campanha, numa altura em que cumpria o seu primeiro ano de sénior na condição de emprestado ao Atlético.
No final dessa temporada regressou a Alvalade, mas apenas disputou um jogo oficial ao serviço da equipa principal do Sporting, quando substituiu Douglas na 2ª parte de um confronto com o Estoril, a contar para a Taça de Honra da época de 1991/92.
Concluída a sua ligação ao Sporting foi para o Vitória de Guimarães, onde jogou pouco, mas depois fez uma boa carreira,  jogou durante 9 temporadas na 1ª divisão nacional, passando por vários clubes, até terminar nos Regionais, já quase com 40 anos de idade.
EDEL

Avançado angolano oriundo dos escalões de formação do Vila Nova da Caparica, Edel (em cima, à direita) destacou-se nos Pescadores, um clube da 3ª Divisão, sendo surpreendentemente contratado por Sousa Cintra no inicio da temporada de 1989/90
Jogou no Sporting duas épocas nas quais disputou 14 jogos, tendo marcado 1 golo num jogo do Campeonato em que o Sporting ganhou no Estádio José Alvalade por 2-0 ao Estrela da Amadora.
Concluída a sua ligação ao Sporting, foi para o Salgueiros e logo de seguida passou pelo Nacional, antes de ter uma experiência na Suíça, acabando por regressar aos escalões secundários do futebol português, tendo encerrado a sua carreira novamente nos Pescadores.
MARCO CANEIRA

Marco Caneira nasceu a 9 de Fevereiro de 1979, em Sintra, tendo sido um polivalente defesa do plantel de futebol profissional do Sporting Clube de Portugal, começou a carreira nas camadas jovens do Sporting mas saiu do clube juntamente com Alhandra e Paulo Costa, quando era júnior no meio de uma história algo conturbada.
Após representar o Sporting Clube de Portugal, o Lourinhanense (por empréstimo), o Salgueiros (por empréstimo), alguns clubes em França e Itália, como o Bordéus, esteve uma época no Benfica. Depois foi emprestado ao Valencia, de Espanha ,na época 2004-2005 que o comprou na época seguinte. Na 2ª metade da época foi emprestado ao Sporting Clube de Portugal, voltando a ser emprestado ao mesmo clube na época 2006-2007.
No início da época 2007-2008, Caneira foi chamado de volta ao plantel principal do Valencia. Em Junho de 2008, assinou por 4 épocas (até 2012) pelo Sporting Clube de Portugal a custo zero.
Continua...



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